domingo, 11 de novembro de 2012

Amizade também precisa de luz


     Assim como você precisa fazer uma revisão em seu carro para que ele não dê problema futuramente ou dar água e luz para que sua planta favorita não morra, grandes amizades também devem ser alimentadas e preservadas. Me entristece ver gente que não dá o devido cuidado ao afeto que uma vez foi cultivado e quando falta o amor dificilmente o laço se manterá firme. Porque pra mim o amor se demonstra não
 só no carinho e consideração, mas na preocupação, nos mais diversos atos e detalhes que rodeiam qualquer relação. Então aqui está uma dica: jogue a mentira para fora da janela e adube o sentimento com muita verdade e afetuosidade, aqueça, dê luz, mas não esqueça de dar sorriso também. Só assim para que então você olhe para trás e veja que aquele velho amigo ainda ilustra sua história no presente e se manterá firme no futuro.

Paulo Justiniano

Amor é coisa rara, meu bem


     Tem certas coisas que não devem ser ditas só pelo simples fato de encobrir o vazio desconfortante do silêncio. Tem palavras que só devem escapar da boca quando estão verdadeiramente prontas para encarar a resposta do mundo afora. Tem versos que só ganham sentido quando há sinceridade na fala. Basicamente, acredito que pequenas demonstrações de afeto, como um "eu amo você" só se tornam válidas quando o coração já está transbordado de afeto. Afinal, amor não está em liquidação e não vende em feira, é sentimento em extinção e só se consegue quando é merecido.

Paulo Justiniano

Assista ao nordeste!

    Não é que eu queira dar uma de crítico de cinema, longe disso, mas se for pra fazer propaganda de alguma coisa que seja deste filme. Um roteiro sem eufemismos e uma produção muito boa fazem jus a história do Rei do Baião. Recomendo a todos prestigiarem não só o longa, mas a vida do homem que foi responsável por levar o nordeste e o sertão para o mundo. Além de mostrar também a relação com o seu filho, Gonzaguinha, que foi um excelente músico. Apenas minha humilde opinião.



Paulo Justiniano.

    Há quem diga que em algumas ausências se pode preencher o espaço da visita, que tem silêncio capaz de ser maior do que um milhão de gritos e que ainda nesse mundo existem corações abraçando mais um tanto de sorrisos. Há quem diga...

Paulo Justiniano.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

    É difícil o fim. O escrever de tantas linhas, para a decepção do último parágrafo da história. O apostar de tantas fichas, para o jogo sem sorte na mesa. O abrir de tantos sentimentos, para a porta fechada do coração. Ele acontece, é inevitável e nem a força de mil e um elefantes pode impedi-lo. Tira um pedaço de nós, nos deixa um punhado de pó e cria feridas que há muito não apareciam no pulsar do peito. É uma pane, é um defeito, é um parafuso fora do lugar que faz tudo em volta desmontar. Tem gosto de fel, resquício de mel e uma saudade sem fim. Mas vem pro bem, vem pro elevar. Pro crescer, pro novo olhar. Pro amadurecer, pro então amar. É a possibilidade, é a substituição, é a lembrança do velho no nosso coração... É o acordar. E que acordemos todas as vezes em que a dor nos enfeitiçar. E que superemos todas as vezes em que a lágrima nos derrubar. Que sejamos fortes, que sejamos firmes, que sejamos pássaro. E que saibamos a hora certa de voar.



Clara Ayroza

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Bagunçando a prateleira e o coração

     Eu já tinha me convencido que não abriria mais a porta para esses sentimentos que bagunçam meu raciocínio, se acumulam em minhas insônias, percorrem meus sonhos e formam curvas doces sobre meus lábios. Paixão é perigosa, menino. Passei a chave e fechei o cadeado porque acreditava que se ela aparecesse e sumisse eu teria que arrumar o peito sozinho, pôr os meus livros na estante juntamente com os pedacinhos de meu coração. Mas em um momento de descuido eu abri a porta, fui sentir a brisa e antes que minha mão alcançasse a maçaneta de volta, me encontrei no verde dos olhos que me serviam como luz. E foi aí que minha pele se encontrou iluminada pelo sorriso e minhas suspirações se lançaram sobre o rosto dele. Você está apaixonado, menino. Então logo logo o apreço virou o abraço, a vontade se transformou em beijo, as declarações ser tornaram promessas. O sentimento afirmou fidelidade. Mas por agora devo dizer que estou feliz, caso não tivesse aberto a porta empoeirada não descobriria o contentamento que hoje conheço e compartilho com ele. Torço para que seja assim enquanto a chama aquece nossas expectativas, o afeto estreita os laços, torço também para me perder cada vez mais nos campos verdes do olhar daquele a qual pertenço... Porque da escuridão e da solitude eu já compreendo bem e estou convicto de que ele é o sol em minha noite. 

Paulo Justiniano.